Associação Cultural e Recreativa de Vila Franca | ||
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Festa das Rosas |
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As flores são o principal elemento deste exemplar do artesanato do
Alto Minho, e a
arte floral tem o seu apogeu nos
Cestos de Vila Franca. A massa do Cesto é feita com uma planta local, a cicuta, que por cá se chama "cegudas".
Ela constitui o fundo sobre o qual se "bordam" os motivos. A decoração dos mais simples é feita com
sardinheiras,
chorões e
perpétuas brancas. A completar o
Cesto, um generoso ramo de
Rosas a terminar o "bouquet". Mas os
Cestos de
Vila Franca são, em geral demasiado complexos. A quantidade de flores utilizada é tanta, que um
Cesto chega a pesar 70kg.
Para além das flores, os Cestos passaram a ser historiados com vários temas que se foram diversificando por uma questão de desafio:
cada mordoma quer fazer um Cesto mais bonito que o das outras. Sobre a superfície do
bojo do
Cesto, a princípio com um cibo de gravalha, hoje com um
alfinete, fixam-se as
pétalas das Rosas,
amores-perfeitos,
pampilhos, tudo para embelezar. Nos anos 30, desenhavam-se no bojo dos Cestos "grandes flores de fantasia, figuras geométricas dessas que ornamentam a cerâmica popular, motivos eucarísticos como o cálice ou a cruz de Cristo, a custódia, etc., sempre ladeados pelas iniciais da mordoma". Hoje, apenas com elementos vegetais, desenham-se vários aspectos da paisagem e duma iconografia de prestigio. Mas são muitos e variados os temas, desde cidades e monumentos, desde retratos locais a localidades distantes. Todo o país é objecto de representação floral. É a grande abertura de espírito desta gente, aliada a uma procura da novidade e da originalidade que se materializa nestes belos Cestos .
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Associação Cultural e Recreativa de Vila Franca   |